segunda-feira, 4 de março de 2013

Primeira vez em NY: a experiência

Empire State iluminado
Onde Michael Jackson começou

Praça em frente ao The Plaza Hotel
Bem, posso parecer pernóstica mas não fui a NY para comprar. De cara?
Pode ficar, mas é verdade. Sempre me explico assim para meus amigos: não vou para comprar, primeiro porque não tenho cacife pra isso, nem me endividando; segundo porque não tenho paciência com certos tipos de compras, como as de roupas, que temos de experimentar, voltar, buscar outra, ver uma similar porque só tinha aquela que não serviu, me decepcionar com meu corpo, suar no trocador e por fim me irritar. Gente, é muito tempo que se perde com isso. E vai que nunca mais possa voltar naquela cidade? Não iria me perdoar não ter visitado lugares que sempre vemos em filmes, nas reportagens, experimentado determinada comida  ou bebida.
Não significa dizer que eu não tenha pensado em comprar nada ou não tenha comprado. Apenas não é o objetivo principal da viagem, como é o de muita e muita gente. Faço, inclusive, pesquisas sobre onde comprar isso ou aquilo. Mas nada que vá tomar muito do meu tempo.
Por que resolvi iniciar o post com esse assunto? Porque os consumistas de plantão chegaram a me indagar sobre o que tinha tanto pra se fazer em NY além das compras. E acredite, mesmo não priorizando as compras, nove dias foram insuficientes pra ver e fazer tudo.
Indo ao ponto, NY é uma cidade cheia de contrastes e um exemplar único de uma cidade do primeiro mundo. Foi possível ver de perto a infinidade de carros nas ruas e sofrer com o trânsito a caminho do teatro num táxi, assim como estar na tranquilidade do imenso Central Park, que, embora construído pelo homem, cumpre seu papel de filtro verde para a cidade; esperar o próximo trem do metrô pra fugir da lotação, assim como contemplar os barcos indo e vindo na bela vista do Battery Park. Apreciar anos de civilização nas lindas salas da Biblioteca Pública, ou nos gramados da Universidade de Colúmbia respirando ciência, ou mesmo saborear a tradicional costela condimentada dos negros no Harlem, seus cultos gospel e suas senhoras de vestido e chapéu aos domingos. Tietar os artistas na Broadway sem nos furtar a admirá-los ao vivo nas calçadas e túneis do metrô.
Talvez o que a torne tão especial seja sua convivência pacífica com suas vocações: econômica, artística e turística. É uma metrópole bonita. Até os guetos têm seu charme. Por isso, tentei estabelecer um roteiro que contemplasse todos os cantos da cidade, de norte a sul, de leste a oeste. Inicialmente, vêm à cabeça os pontos turísticos mais comuns, como a Estátua da Liberdade, a Times Square, o Central Park e o Empire State. Mas não é só. Aliás isso é só o começo. Há os roteiros gastronômicos, os museus (de arte, de história natural, de cera, bancário...), as diversões noturnas (shows, teatros, espetáculos...), os bairros famosos (Brooklyn, Financial District/Wall Street, Chinatown, Bronx...), as locações de filmes, as igrejas, as construções, praias, enfim, uma infinidade de opções.




Boat House - Central Park
Priorizamos a alimentação no sentido de buscar opções de qualidade, refeições completas, nada de passar dias à base de sanduíche. Aliás, desmistificamos a fama de serem os americanos apenas comedores de batatas. NY oferece opções para todos os gostos, num leque amplamente diversificado da melhor culinária internacional, o que faz com que comer seja um dos pontos altos da viagem. Como disse no post anterior, destinei U$ 100,00 para as despesas do dia, sem incluir aí as compritas. Então, esse valor era pra entradas, transporte e o grosso para alimentação, em torno de U$ 70,00. No roteiro, tive a preocupação de incluir opções de restaurantes próximos aos pontos visitados, consultando as estrelas do OpenTable, aproveitando para fazer reservas quando decidia por um. Aliás, na alta temporada, é recomendadíssimo fazer reservas para evitar as filas ou mesmo a decepção de ter de abrir mão do restaurante escolhido. O site é extremamente confiável. Todas as reservas estavam efetuadas e fomos atendidas no horário previsto. Isso garantiu que não tivéssemos que alterar o roteiro por tempo perdido na espera.
O atendimento é nota mil. Sempre que se chega ao restaurante, há um garçom que te dirige à mesa, traz uma cesta de pães e uma jarra de água, que não são cobrados. Não é água mineral, é da torneira mesmo, mas gelada e potável, claro. Em seguida, deixa que você veja o cardápio e se afasta. Passados alguns minutos ele retorna para anotar o pedido. Não há necessidade de chamá-lo, acenar, assoviar e coisas que fazemos aqui para sermos atendidos. Ele está sempre lá à sua espera, educado e gentil. Só tivemos experiências boas. Nem mesmo aquilo de correrem atrás de você para obter até o último centavo da gorjeta vivenciamos. Foi nota mil com louvor.
Buddakan - Filmagens de Sexy and the City
Sem titubear, posso afirmar que foram as melhores refeições que já fiz na vida. Não deixe de pedir as saladas. Todas, todas mesmo, eram bem saborosas. Não por causa dos molhos carregados e pastosos. Simplesmente pela combinação de ingredientes surpreendentes (castanhas, frutas, verduras de diferentes texturas, flores, grãos) e a sutileza dos sabores conseguidos. Os pratos principais seguiram o estilo da alta gastronomia, bem arranjados, decorados, e com quantidade suficiente. Destaque para Battery Garden, Boat House, China Grill, Buddakan, Rosa Mexicano, Cipriani Dolci, Silvya e o DBGB. Ou seja, todos em que fomos. Ai, que saudade!
Caaalma!!! Não nos furtamos aos hot dogs de rua não. O nosso preferido foi o de frente ao museu Metropolitan. Imperdível. A salsicha e o pão que usam são bem diferentes dos nossos. Mesmo não tendo molho, adorei. Há casas especializadas neles, como mostra o blog adoro-novayork, que ficaram de fora dos planos. Quem sabe da próxima vez.

Ao todo fiquei onze dias nos Estados Unidos, mas resolvemos passar dois dias em washington, justamente no feriado de 4 de julho. Foi uma mão na roda porque muita coisa estaria fechada em NY. Optamos por uma excursão com a Tours4fun, que nos buscou em Chinatown e ali nos deixou no dia seguinte. Não interrompemos nossas diárias no hotel de Manhattan, o que nos deu a liberdade de levar apenas uma sacola de mão para a viagem. A excursão incluía: pernoite (Days Inn ou similar) com café da manhã, entrada no museu de cera Madamme Thussaud e no museu aero-espacial, bem como no Capitólio, visita à Casa Branca, aos monumentos a Lincoln e Jefferson e passeio no rio Potomac, em Washington. Na ida, visitamos o museu Liberty Bell e o Independence Hall, na Filadélfia. Na volta, passamos por Maryland. Conhecemos muita coisa, aproveitando pra descansar da andação dos dias anteriores, já que o ônibus nos deixava na porta dos pontos turísticos. Foi um bom custo-benefício. A única coisa muito chata foi a convivência com os chineses, maioria. Se mostraram muito mal-educados e conversadores em excesso. No mais, foi bem legal.

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