Chegamos aos trens, esse transporte tão estranho a nós, brasileiros, no sentido de utilização. Talvez por isso não possa dizer que enjoei, mas era pra ter enjoado pelo tanto que usei. Pegamos vários, os mais velozes e modernos, os mais antigos e lentos. Como tudo que é novidade, aproveitei cada minuto, já que preferi viagens diurnas, mesmo "perdendo" metade da diária do hotel naquele dia. Não me arrependi em nenhum momento. Mas comecemos do começo.
Antes de viajar, você pode comprar antecipadamente os bilhetes que achar convenientes, no site da Trenitalia. Talvez pareça que não, mas às vezes os minutos gastos nas máquinas na própria estação te tiram a oportunidade de conhecer algo interessante. O site não permitia compra com cartão emitido no Brasil, mas desde o ano de 2012 já é possível utilizá-lo. Eu mesma não tive dificuldade alguma com isso. Recentemente fizeram mais uma atualização no site, possibilitando a troca para o idioma Inglês. Observe, porém, que há diferença de apresentação em italiano e em inglês. Eu preferi acessar em italiano, mesmo não dominando a língua. Há, por exemplo, um link bem acessível para o agendamento dos trens regionais no design italiano que não aparece facilmente no em inglês.
- Usando o site Trenitalia
Site da Trenitalia |
Antes de viajar, você pode comprar antecipadamente os bilhetes que achar convenientes, no site da Trenitalia. Talvez pareça que não, mas às vezes os minutos gastos nas máquinas na própria estação te tiram a oportunidade de conhecer algo interessante. O site não permitia compra com cartão emitido no Brasil, mas desde o ano de 2012 já é possível utilizá-lo. Eu mesma não tive dificuldade alguma com isso. Recentemente fizeram mais uma atualização no site, possibilitando a troca para o idioma Inglês. Observe, porém, que há diferença de apresentação em italiano e em inglês. Eu preferi acessar em italiano, mesmo não dominando a língua. Há, por exemplo, um link bem acessível para o agendamento dos trens regionais no design italiano que não aparece facilmente no em inglês.
Se você não leu nada sobre o sistema de trens italianos, precisa saber que os mais rápidos são chamados de Frecce (flecha) e são 3: Bianca, Rossa e Argento. Eles ligam grandes distâncias e fazem poucas paradas. Os Intercity (IC) ligam cidades grandes e médias, são mais lentos que os Frecce. Os Regionales (regionais) ligam curtas distâncias entre pequenas cidades, são mais lentos, antigos e param mais. Um regional mais incrementado é o Regionale Veloce. Nem sempre é possível comprar antecipado bilhetes para os trens regionais, que ficam liberados no site com apenas 7 dias de antecedência. O que não põe em risco sua viagem naquele trecho e horário pretendidos porque a procura é bem menor. No mais das vezes os regionais trafegam com muito poucos passageiros. Fique atento para o caso de ocorrer algum evento na cidade que pretende visitar. Isso sim pode atrapalhar seu roteiro.
O site exige um cadastro para realizar as compras. Para os Frecce e Intercity é possível marcar o vagão (carrozza) e o assento (posti). Em geral, os assentos finais são voltados para a mesma direção. Já os restantes, a cada quatro, ficam de frente uns para os outros, separados por uma mesinha (o bastão cinza da imagem). Na parte traseira do vagão há maleiro e ao longo do vagão, no alto, há bagageiro para volumes menores.
O bilhete deve ser impresso mas não precisa ser validado, ou seja, você não precisa passá-lo na leitora que fica plataforma da estação porque é considerado previamente validado. O fiscal do trem virá com uma máquina que fará a leitura do código 3D constante dele. Se não portar o bilhete, você terá de pagar uma multa não muito barata, que é o valor do bilhete e mais 50 euros.
Os preços variam de acordo com o trem, a classe, procura e a proximidade da viagem. Portanto, se quiser economizar, compre com antecedência. Diferentemente dos trens regionais, os Frecce têm alta procura e você pode ficar na mão se deixar pra última hora, ou ter de pagar mais do que seu vizinho de assento. Quanto à classe, é oferecida nos trens mais velozes 1ª e 2ª classes, que para comodidade não apresentam uma diferença significativa. Viajei sempre de 2ª classe e foi super confortável.
O site traz muitas informações e às vezes fica difícil retornar a elas, por isso pesquei o link para informações sobre o que as estações oferecem, como por exemplo guarda-volumes, que eles chamam de deposito bagagli. Essa informação está no link In Regione. Escolha a região onde se encontra a estação pretendida. Depois clique no link Servizi in Stazione, logo à esquerda do mapinha. Aparecerá uma tabela com todas as estações da região com os respectivos serviços.
Outro serviço interessante é o despacho de bagagens. Quase o utilizei, mas na última hora preferi deixar no guarda-volumes, porque teria de voltar obrigatoriamente àquela estação para seguir viagem. Não fosse isso, teria sido uma mão na roda. Mais informações aqui.
Chamada de Biglietterie Self Service, as máquinas onde se compram os bilhetes é bem explicativa, não tive problemas. É como fazer uma operação de banco, tudo digital. Você pode escolher o dia e o horário da viagem, mas o bilhete vale por 60 dias a partir da impressão. Portanto, não há problema em usar o trem em outro dia e horário. Mas cuidado, esses bilhetes precisam de validação. Após validado, somente após validado, você terá 6 horas para embarcar. Se perder o horário, ainda tem essa margem de segurança. O que não é permitido em nenhuma hipótese é usar uma linha diversa daquela que você pagou, mesmo estando dentro do horário e sendo do mesmo valor. Se o fiscal aparecer e verificar esse desvio, haverá multa do mesmo jeito.
As máquinas aceitam pagamento com cartões de crédito, inclusive os pré-pagos, e em dinheiro em papel, retornando troco quando for o caso.
Há bilheterias com atendentes na maioria das estações. Nas pequenas, não há máquinas para compra. A única complicação é se comunicar. Por isso optei pelas máquinas quando foi possível.
Outra forma de se comprar bilhetes é ir a um revendedor, que pode ser uma tabacaria, banca de jornais, supermercado, um bar ou até mesmo uma lan house. No site da Trenitalia essa informação está em Altri Revenditori, por região, como em Lazio, por exemplo.
Dimensões (cm):(Altura x Largura x Comprimento)
P - 50.00 x 34.00 x 21.00
M - 71.00 x 46.00 x 27.00
G - 79.00 x 47,5.00 x 33.50
Como marinheira de primeira viagem nos trens italianos, levei uma única mala média (60 x 49 x 30) e uma mochila para carregar a máquina fotográfica e o passaporte, crente que estava abafando em minimalismo. Que nada! Olha que é uma mala considerada pequena pelas mulheres e mesmo assim deu muito trabalho nos trens Frecce. A questão maior é o peso. Não sou uma fracota, pelo contrário. Mas tenho hérnia de disco e pesos assim, quase 30 kg, são mais que suficientes para desencadear uma crise.
Para acessar os vagões, há 2 lances de escada. Além da altura, a entrada é estreita. Não cabe duas pessoas segurando uma mala, cada uma de um lado, no mesmo degrau. Somado a isso, não se pode considerar os italianos os homens mais solícitos entre os europeus, por isso, esperar que se ofereçam para suspender suas malas é apostar na sorte e empatar a fila que se forma.
Estando no vagão, não encontrando vaga no maleiro que fica na saída, a opção é colocar no bagageiro da parte superior. Aí é outro sofrimento: como levantar esse peso todo acima da sua cabeça? haja força e equilíbrio. Tudo ajeitado, a hora da descida é um pouco tensa também, principalmente se a estação não for a final do trajeto, o que exige maior agilidade pelo pouco tempo de parada.
Então, minha dica é levar duas malas médias médias, que você dê conta de puxar/empurrar com facilidade e também levantar. Isso, claro, caso você vá passar muitos dias em viagem e realmente precise de toda essa bagagem.
Uma brasileira, no Vaticano, me dizia que só estava com uma mala pequena, tendo ficado quase 20 dias como eu. Perguntei como fazia pra se virar com tão poucas roupas. Disse que trazia mais blusas e todas davam pra ser lavadas no banheiro do hotel. As calças e bermudas ela procurava usar mais de uma vez.
Outra dica é gastar com uma mala boa, se já não tiver uma. Minha mala era de duas rodinhas, que ainda por cima funcionam emperrando numa determinada posição, deu mais trabalho que a da minha amiga, que era bem maior. Pode parecer que os percursos hotel-estação-hotel sejam curtos. Mas se somar todos os cansaços da viagem, verá que cada detalhe faz a diferença. Indico que leve a de 4 rodas, pois possui mais modos de carregar e você não se estressará tentando equilibrá-la em pé, quando estiver estufada. Quanto melhor for o rolamento dela, menos cansaço terá.
Mapa do Vagão |
O site exige um cadastro para realizar as compras. Para os Frecce e Intercity é possível marcar o vagão (carrozza) e o assento (posti). Em geral, os assentos finais são voltados para a mesma direção. Já os restantes, a cada quatro, ficam de frente uns para os outros, separados por uma mesinha (o bastão cinza da imagem). Na parte traseira do vagão há maleiro e ao longo do vagão, no alto, há bagageiro para volumes menores.
Código 3D |
O bilhete deve ser impresso mas não precisa ser validado, ou seja, você não precisa passá-lo na leitora que fica plataforma da estação porque é considerado previamente validado. O fiscal do trem virá com uma máquina que fará a leitura do código 3D constante dele. Se não portar o bilhete, você terá de pagar uma multa não muito barata, que é o valor do bilhete e mais 50 euros.
Detalhe da página do bilhete impressa |
Advertência sobre a não validação (2.2) e multa (6.) |
O site traz muitas informações e às vezes fica difícil retornar a elas, por isso pesquei o link para informações sobre o que as estações oferecem, como por exemplo guarda-volumes, que eles chamam de deposito bagagli. Essa informação está no link In Regione. Escolha a região onde se encontra a estação pretendida. Depois clique no link Servizi in Stazione, logo à esquerda do mapinha. Aparecerá uma tabela com todas as estações da região com os respectivos serviços.
Outro serviço interessante é o despacho de bagagens. Quase o utilizei, mas na última hora preferi deixar no guarda-volumes, porque teria de voltar obrigatoriamente àquela estação para seguir viagem. Não fosse isso, teria sido uma mão na roda. Mais informações aqui.
- Comprando bilhetes nas estações de trem
Chamada de Biglietterie Self Service, as máquinas onde se compram os bilhetes é bem explicativa, não tive problemas. É como fazer uma operação de banco, tudo digital. Você pode escolher o dia e o horário da viagem, mas o bilhete vale por 60 dias a partir da impressão. Portanto, não há problema em usar o trem em outro dia e horário. Mas cuidado, esses bilhetes precisam de validação. Após validado, somente após validado, você terá 6 horas para embarcar. Se perder o horário, ainda tem essa margem de segurança. O que não é permitido em nenhuma hipótese é usar uma linha diversa daquela que você pagou, mesmo estando dentro do horário e sendo do mesmo valor. Se o fiscal aparecer e verificar esse desvio, haverá multa do mesmo jeito.
As máquinas aceitam pagamento com cartões de crédito, inclusive os pré-pagos, e em dinheiro em papel, retornando troco quando for o caso.
Bilhetes comprados nas máquinas das estações |
Outra forma de se comprar bilhetes é ir a um revendedor, que pode ser uma tabacaria, banca de jornais, supermercado, um bar ou até mesmo uma lan house. No site da Trenitalia essa informação está em Altri Revenditori, por região, como em Lazio, por exemplo.
- Dicas sobre as bagagens
Dimensões (cm):(Altura x Largura x Comprimento)
P - 50.00 x 34.00 x 21.00
M - 71.00 x 46.00 x 27.00
G - 79.00 x 47,5.00 x 33.50
Como marinheira de primeira viagem nos trens italianos, levei uma única mala média (60 x 49 x 30) e uma mochila para carregar a máquina fotográfica e o passaporte, crente que estava abafando em minimalismo. Que nada! Olha que é uma mala considerada pequena pelas mulheres e mesmo assim deu muito trabalho nos trens Frecce. A questão maior é o peso. Não sou uma fracota, pelo contrário. Mas tenho hérnia de disco e pesos assim, quase 30 kg, são mais que suficientes para desencadear uma crise.
Para acessar os vagões, há 2 lances de escada. Além da altura, a entrada é estreita. Não cabe duas pessoas segurando uma mala, cada uma de um lado, no mesmo degrau. Somado a isso, não se pode considerar os italianos os homens mais solícitos entre os europeus, por isso, esperar que se ofereçam para suspender suas malas é apostar na sorte e empatar a fila que se forma.
Estando no vagão, não encontrando vaga no maleiro que fica na saída, a opção é colocar no bagageiro da parte superior. Aí é outro sofrimento: como levantar esse peso todo acima da sua cabeça? haja força e equilíbrio. Tudo ajeitado, a hora da descida é um pouco tensa também, principalmente se a estação não for a final do trajeto, o que exige maior agilidade pelo pouco tempo de parada.
Então, minha dica é levar duas malas médias médias, que você dê conta de puxar/empurrar com facilidade e também levantar. Isso, claro, caso você vá passar muitos dias em viagem e realmente precise de toda essa bagagem.
Uma brasileira, no Vaticano, me dizia que só estava com uma mala pequena, tendo ficado quase 20 dias como eu. Perguntei como fazia pra se virar com tão poucas roupas. Disse que trazia mais blusas e todas davam pra ser lavadas no banheiro do hotel. As calças e bermudas ela procurava usar mais de uma vez.
Outra dica é gastar com uma mala boa, se já não tiver uma. Minha mala era de duas rodinhas, que ainda por cima funcionam emperrando numa determinada posição, deu mais trabalho que a da minha amiga, que era bem maior. Pode parecer que os percursos hotel-estação-hotel sejam curtos. Mas se somar todos os cansaços da viagem, verá que cada detalhe faz a diferença. Indico que leve a de 4 rodas, pois possui mais modos de carregar e você não se estressará tentando equilibrá-la em pé, quando estiver estufada. Quanto melhor for o rolamento dela, menos cansaço terá.
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